terça-feira, 11 de maio de 2010


Meu maior defeito, nos tranqüilos dias da infância consistia em desanimar
com demasiada facilidade quando uma tarefa qualquer me parecia difícil.
Eu podia ser tudo, menos um menino persistente.
Foi quando, numa noite, meu pai entregou-me uma tabuazinha de pequena
espessura e um canivete, e me pediu que, com este, riscasse uma linha a
toda largura da tábua.
Obedeci a suas instruções, e, em seguida, tábua e canivete foram trancados
na escrivaninha de papai.
A mesma coisa foi se repetindo todas as noites seguintes; ao fim de uma
semana eu não agüentava mais de curiosidade.
A história continuava.
Toda noite eu tinha que riscar com o canivete, uma vez, pelo sulco que se
aprofundava.
Chegou afinal um dia em que não havia mais sulco.
Meu último e leve esforço cortou a tábua em duas.
Papai olhou longamente para mim, e depois disse:
- Você nunca acreditaria que isto fosse possível, com tão pouco esforço,
não é verdade?
Pois o êxito ou fracasso de sua vida não depende tanto de quanta força
você põe numa tentativa, mas da persistência no que faz.
Foi essa uma lição de coisas impossíveis de esquecer, e que mesmo um
garoto de dez anos podia aproveitar.

(Autor desconhecido)
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