sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Aurora


"Quando o amor é um estado de consciência,
tudo se transforma.
A treva da ausência se torna presença.
A solidão escura e fria se torna alvorada.
E os olhos ganham o brilho do amanhecer.
O espaço se abre na luz de um novo despertar.
Então o coração toca suavemente o Multiverso.
Sem sair do lugar, ele beija o infinito.
A magia do amor transformou sua dor em luz.
O tempo dança à sua frente, como por encanto.
As dores de outrora se foram;
ficou o amor.
Do fundo do abismo brotou a luz.
E o que era apego e prisão, tornou-se estrela.
Quem ama mesmo, não arrasta correntes.
Pois, a luz do amanhecer no brilho do olhar
nada pesa.
E o nascer do sol não faz barulho algum.
A luz é presente do amor. É graça. É vôo sutil.
Quem se permite perder a graça, embaça a visão.
Quando o coração não reconhece o presente,
perde as asas.
Quem dá abrigo à treva, perde o amanhecer nos olhos.
Quem carrega correntes, perde o vôo sutil.
Cada dia é um presente, que, só se sente, vivendo...
Quem ama, compreende e reconhece o presente.
E, vive contente, para voar melhor, com graça.
Seu coração sabe que a luz não pesa nada.
Na aurora do despertar da consciência,
tudo é PRESENÇA.
A magia do amor é pura alquimia interior:
transmuta a velha dor em luz renovada.
E o milagre acontece:
a solidão escura e fria se torna alvorada.
O poeta celta cantou:
Na luz eu me curei.
Na luz eu dancei e cantei.
Na luz eu reconheci o presente.
Na luz em morri e renasci.
Na luz eu limpei o olhar.
Na luz eu vim; nela eu estou; nela eu vou...
Na luz, na luz, na luz... do amor!

Quem compreende, em seu coração, a compreende..."

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